Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma Nova Ciência?

       Os fundamentos da ciência moderna clássica foram superados ao longo do processo histórico de desenvolvimento do conhecimento científico. As teorias da relatividade, restrita e geral, superam a concepção aristotélica de espaço e tempo separáveis e absolutos. Por essas teorias o espaço-tempo é relativo e determinado pela distribuição dos corpos materiais e pelo estado de movimento do observador. Somente o movimento é absoluto e tem uma referência, a velocidade da Luz.
       A teoria quântica superou a questão da separatibilidade do observador e observável, necessária para a obtenção de um processo mensurávelmente controlado. A teoria quântica aponta para a unidade dos contários observador-observável e para o caráter não local da realidade(Bell).
       A terioa do caos, superou a questão das relações causais, necessária para a obtenção da previbilidade determinista. É a contradição da própria relação que indica o surgimento de contrários: ordem-desordem, simples-com plexo etc.
       No Universo, os processos não são lineares e o modo de nova ciência abordar os processos pela linearidade se mostrou superável, pois os processos no Universo, são sensiveis às condições iniciais e, em essência, são não lineares.
       Uma nova ciência, de processos não lineares e que considere o caráter não local da realidade terá uma relação homem-natureza não contemplativa e não manipulativa. Será uma relação de integridade, onde homem e natureza não se opõem e sim se estendem reciprocamente. A tese e a antítese serão superadas, tais como causalidade-chance, relação-essência, observador-observável e qualidade-quantidade.
       A base para essa nova ciência é a historicidade, entendida como a determinação do espaço-tempo pela distribuição dos corpos materiais, pelo seu estado de movimento e pela totalidade das relações não lineares de desenvolvimentos desiguais, onde cada uma das relações contém a cantradição. Como afirmava Marx: " A percepção dos sentidos (ver Feuerbach) deve ser a base de toda ciência somente quando a ciência parte da percepção dos sentidos na forma dual de consciência sensorial e necessidade sensorial, isto é, somente quando a ciência parte da natureza - é uma ciência real.
       O todo da história é uma preparação, um desenvolvimento, para o "homem" tornar-se o objeto da consciência sensorial e para as necessidades do "homem como homem" tornarem-se necessidades sensoriais.
       "A História é, em si, uma parte real da história natural em algum momento subsumirá a ciência do homem tal como a ciência do homem subsumirá a ciência natural: exitirá uma única ciência." Esta nova ciência basear-se-á no pensamento ecológico, onde o todo na parte, onde a essência está na relação, e será a expressão de um novo homem e de uma nova sociedade, que serão determinados historicamente pela superação do ter.

Nenhum comentário:

Postar um comentário